A praticamente uma semana do fim do mês, o dinheiro começa a escassear para fazer face a todas as despesas. Garantir que chega para os bens alimentares obriga a uma verdadeira ginástica orçamental, que passa inevitavelmente por cortes.
O preço dos produtos alimentares continua a subir, mas no mercado de Benfica, em Lisboa, a variedade ajuda a encontrar alternativas mais acessíveis.
É nas bancas do peixe que se notam os maiores aumentos: robalo e dourada estão mais caros, e mesmo o carapau e a sardinha têm registado subidas de preço. Também os ovos registaram um aumento expressivo — o preço subiu 27% desde o início do ano.
O custo do cabaz de bens alimentares analisado pela DECO subiu sete euros desde janeiro, passando a custar agora 242 euros. Na comparação dos produtos mais consumidos no verão, como o tomate ou a batata, o aumento é de 25% face a 2022.
Desde esse ano, o preço dos bens básicos subiu, em média, 35% — mais do que o salário mínimo nacional, que aumentou apenas 23% nos últimos três anos.