O ministro da Economia rejeitou, esta terça-feira, no Parlamento que Portugal esteja atrasado na implementação do PRR e mostrou-se convicto de que o país irá executar na totalidade as subvenções do pacote de estímulos europeus.
"A minha convicção - a nossa convicção - é que nós vamos executar completamente as subvenções do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)", afirmou o ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, numa audição na Comissão de Economia e Coesão Territorial.
Castro Almeida rebateu as críticas feitas pela bancada parlamentar do partido Chega de que o Estado português está atrasado porque só executou, até agora, três quartos do PRR, dizendo que mais de metade dos marcos e metas previstos estão cumpridos.
"Não estamos atrasados", insistiu, afirmando que "as coisas estão controladas e é difícil dizer-se que Portugal está atrasado na execução do PRR".
"Portugal aparece numa posição simpática"
"Portugal tem prazos marcados para cumprir os marcos e metas que estão fixados. E em todos os casos, nós cumprimos por antecipação os marcos e metas que estão fixados. No 6.º pedido de pagamento, nós fomos o 2.º país a apresentar o pedido de pagamento, porque estavam cumpridos os marcos e metas desigualados. Fomos o 2.º país a fazê-lo. E fizemos 45 dias antes do prazo. Ora, como é que pode estar atrasado quem chega antes do prazo marcado?", afirmou o ministro.
E continuou:
"Se quisermos ser mais rigorosos, como o 8.º período de pagamento, os marcos e metas do 8.º período estão praticamente todos cumpridos. A verdadeira taxa de execução de marcos e metas não é de 40% nem de 47%, mas é superior a 50% se olharmos para o número de marcos e metas que estão efetivamente cumpridos".
Ao mesmo tempo, Castro Almeida afirma que, quando se comparam os marcos e metas já certificados com os demais países europeus, "Portugal aparece numa posição simpática", havendo 17 países mais atrasados do que Portugal e nove países mais adiantados. "Portanto, estamos claramente na primeira metade dos países europeus", disse.