Economia

UE em risco de falhar metas para a formação e redução da pobreza

A vice-presidente executiva para os Direitos Sociais, Roxana Mînzatu, disse que a União Europeia (UE) arrisca-se a falhar as metas definidas para a formação dos adultos europeus e para a redução da pobreza.

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A pobreza em Portugal continua em níveis dramáticos. Há mais de dois milhões de pobres e pessoas em risco de exclusão. A ministra do Trabalho diz que é preocupante, mas sublinha que a situação não se inverte num ano e meio de Governo.

Apesar dos avanços no emprego, com a Europa a registar uma taxa de quase 76% no final do ano passado e com a meta de alcançar os 78% até 2030, ainda há muito por fazer, sobretudo ao nível da formação e no combate à pobreza - uma meta que poderá estar em risco se não houver um esforço conjunto. O alerta foi deixado pela vice-presidente da Comissão Europeia para os Direitos Sociais, durante a abertura do Fórum Social do Porto.

Segundo dados relativos a 2024, há mais de dois milhões de pessoas em risco de pobreza ou exclusão em Portugal. A falta de rendimentos afeta sobretudo desempregados, famílias monoparentais e pessoas com menos estudos.

A ministra do Trabalho diz que a estratégia contra a pobreza está a funcionar, mas precisa de tempo.

“Estamos cá há um ano e meio. Não se inverte facilmente o que decorre de décadas do Partido Socialista”, afirmou.

O Fórum Social do Porto reúne, entre esta quinta-feira e amanhã, mais de 200 líderes internacionais no Palácio de Cristal.

Vão estar presentes, esta sexta-feira, o primeiro-ministro Luís Montenegro e o presidente do Conselho Europeu, António Costa. O tema central é o emprego de qualidade numa Europa social competitiva.