À hora marcada, a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022) foi entregue ao presidente da Assembleia da República. Seis meses depois do chumbo que levou à realização de eleições legislativas, um renovado OE chegou ao Parlamento, assinado pelo novo ministro das Finanças, que fez questão de assegurar que este é um orçamento seu e não do antecessor João Leão. Após a entrega, o ministro Fernando Medina, acompanhado pelos seus secretários de Estado, apresentou o documento, garantindo que não se trata de um regresso à austeridade. Opinião diferente manifestaram os partidos com assento parlamentar.
“Este Orçamento foi entregue por mim ao senhor Presidente da Assembleia da República, e estou aqui a defendê-lo e a apresentá-lo porque é o meu orçamento, do país, [mas] meu na sua responsabilidade e não o seria se não me revisse nele”, esclareceu o novo ministro das Finanças, afastando a ideia de que a proposta de OE 2022 tenha sido desenhada pelo antecessor João Leão.
Na conferência de apresentação do documento, que vai ser debatido na generalidade nos dias 28 e 29 de abril, Fernando Medina destacou “seis prioridades”, elencou as várias medidas previstas de apoio às famílias e empresas, e afastou quer um regresso à austeridade, quer a possibilidade de face ao atual cenário de incerteza poder estar em cima da mesa do Governo um Orçamento Retificativo.
“Em nenhum dicionário de política económica do mundo, esta é uma política de austeridade”, defendeu Fernando Medina, em conferência de imprensa após a entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) na Assembleia da República.
Terminada a apresentação, seguiram-se as reações dos partidos com assento parlamentar, com críticas ao documento da Esquerda à Direita, desde o “corte real dos salários”, ao “erro capital” passando pelo “meio orçamento” e terminando no irónico “milagre”.