A espanhola Endesa, detida pelo grupo italiano Enel, obteve no primeiro trimestre deste ano um resultado líquido positivo de 338 milhões de euros, menos 31% do que em igual período do ano passado, informou a Endesa em comunicado ao mercado esta terça-feira.
O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) também caiu 10%, para 914 milhões de euros, uma descida influenciada pelo registo em 2021 de uma compensação em Espanha no negócio de produção de eletricidade.
Excluindo esse efeito no ano passado o EBITDA da Endesa teria aumentado em 82 milhões de euros, ou 9,9%, em termos homólogos.
Globalmente o motor dos resultados da Endesa foi a geração convencional, que contribuiu com um EBITDA de 478 milhões de euros, seguida pela área de redes, com 432 milhões de euros, e complementada pelo contributo de 144 milhões de euros de EBITDA no negócio das renováveis.
Já a área de comercialização aos clientes finais gerou um EBITDA negativo de 137 milhões de euros no primeiro trimestre.
A Endesa opera principalmente em Espanha, mas está também presente em Portugal, onde as suas vendas no mercado liberalizado aumentaram 103 milhões de euros, ou 36%, devido à subida dos preços da eletricidade, já que o volume de energia comercializada permaneceu estável.
A dívida líquida da Endesa no final de março ascendia a 13,48 mil milhões de euros, face a 10,78 mil milhões de euros no final de 2021.