Economia

Plataforma junta organizações em defesa de “combustíveis de baixo carbono”, como alternativa à mobilidade elétrica

“Não temos nada contra a eletrificação, mas desprezar os combustíveis de baixo carbono é um erro que deve ser evitado”, afirmou o secretário-geral da Apetro, António Comprido, no lançamento de uma nova plataforma de defesa de combustíveis com baixas emissões poluentes

Plataforma junta organizações em defesa de “combustíveis de baixo carbono”, como alternativa à mobilidade elétrica

Oito organizações portuguesas, entre as quais a Apetro – Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas, lançaram esta quarta-feira a Plataforma para a Promoção de Combustíveis de Baixo Carbono, de forma a explorar outras soluções de descarbonização que não a eletrificação.

“Os transportes na Europa são responsáveis por um quarto das emissões, e o transporte rodoviário tem um peso significativo. É necessário atacar este setor e há soluções que vão além da onda da completa eletrificação”, defendeu o secretário-geral da Apetro, António Comprido, na apresentação da plataforma.

Além da Apetro, a iniciativa junta as associações Anarec e Anecra, a Associação Portuguesa de Produtores de Biocombustíveis, o Automóvel Club de Portugal, entre outras entidades.

“Temos outra via, que é a dos combustíveis líquidos de baixo carbono”, sustentou António Comprido. “Não temos nada contra a eletrificação, mas desprezar os combustíveis de baixo carbono é um erro que deve ser evitado”, acrescentou o secretário-geral da Apetro.

“Temos a tendência de encontrar soluções salvadoras e penalizar outras que diabolizamos. Precisamos de um equilíbrio”, afirmou ainda António Comprido, na apresentação da nova plataforma, em Lisboa.

Notando que se apenas for usada a eletrificação do parque automóvel “vamos demorar muitos anos” a descarbonizar a mobilidade, António Comprido defendeu a vantagem de a indústria petrolífera e de os negócios da mobilidade apostarem em combustíveis de baixo carbono.

“Vamos ter uma solução que permita a todos contribuir desde já para a redução de emissões. É inclusivo porque a pessoa não precisa de mudar de veículo”, sublinhou o mesmo responsável.