O secretário-geral comunista defendeu esta quinta-feira que o PS de António Costa e o PSD de Rui Rio são variantes da mesma “política de direita”, insurgindo-se contra as decisões “mãos moles” que originaram “os Rendeiros e os Salgados”.
Durante um comício no Seixal, no distrito de Setúbal, Jerónimo de Sousa considerou que durante a campanha para as eleições legislativas houve “uma grande encenação” para impulsionar a ideia de “bipolarização da vida política portuguesa”.
“Uma grande encenação com o objetivo de repor o sistema de alternância sem alternativa. Uma grande operação para vender a ideia de que a única opção nestas eleições seria escolher entre Costa e Rio, entre PS e PSD, para assegurar que a política de direita siga o seu rumo sem sobressalto, numa ou noutra variante desta política”, acrescentou, no Pavilhão Desportivo Municipal Leonel Fernandes.
Continuando com as críticas a socialistas e sociais-democratas, o membro da comissão política do Comité Central do PCP debruçou-se sobre o que considerou ser a impunidade dos banqueiros face à inércia dos sucessivos executivos.
Jerónimo de Sousa argumentou que PS e PSD nada fizeram e “nada farão, um e outro, para conter ou impedir a fuga ao fisco pelo grande capital, e a sua transferência para as offshores”.
O dirigente comunista sustentou-se “no passado” e na entrega de “30 mil milhões de euros aos banqueiros, que permitiu todos os desmandos, toda a corrupção”.
Na sequência disto, continuou Jerónimo de Sousa, de PS e PSD só houve uma “política de cobertura” e que “levam aos casos dos Rendeiros e dos Salgados”.
“Eles, eles, camaradas e amigos, que a discutirem connosco, muitas vezes, para arrancar uns 10 euros de aumento extraordinário das pensões, aquilo endurecia tendo em conta a resistência do PS e também do PSD. Os mesmos… São tão mãos moles, tão mãos-largas, para esse capital financeiro que continua a viver à vara larga sem qualquer pressão, repressão e até prisão”, completou.
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