O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa está a ser investigado por suspeitas do encobrimento de abusos sexuais.
Na base da investigação do Ministério Publico estará a alegada inação de D. José Ornelas perante uma queixa de abusos sexuais de menores num colégio de Moçambique.
Em entrevista à CMTV, D. José Ornelas reconhece que há casos de pedofilia na Igreja Católica, mas recusa que a instituição seja pedófila.
"Não aceito que me venham dizer que a Igreja Católica é pedófila. É uma completa desverdade. Agora que nós temos casos de pedofilia temos, porque isso é transversal a toda a sociedade".
O Bispo José Ornelas terá tido conhecimento dos abusos através de um professor português que estava em Moçambique como voluntário. Segundo o jornal Público, 11 anos depois e para que o caso não caísse no esquecimento, o professor decidiu escrever uma carta ao Presidente da República a denunciar a situação.
O Bispo de Leiria-Fátima diz que comunicou ao Papa o caso relativo às suspeitas de abusos sexuais em Moçambique e que fez tudo o que tinha de ser feito.
D. José Ornelas sublinha que não pretende abdicar. “Não está minimamente em causa, nem ninguém me pediu isso”, reforçou.
Em comunicado enviado à SIC, D. José Ornelas diz que soube da abertura do inquérito pela comunicação social.
D. José Ornelas diz ainda que a Justiça moçambicana e a de Itália, onde residia um dos padres visados, investigaram detalhadamente as suspeitas.
Os inquéritos acabaram por ser arquivados e os padres suspeitos ilibados.