Nas reações ao relatório conhecido esta segunda-feira, vários partidos admitem mexer na lei para aumentar os prazos de prescrição.
Os deputados defendem que é preciso ter em conta as recomendações feitas pela comissão independente e apelam a que este assunto não caia no esquecimento. Depois de elogiarem o trabalho da comissão independente, os partidos prometem não deixar tudo na mesma.
O PCP reagiu em comunicado, afirmando que a Igreja Católica tem de refletir sobre o que fazer, para lá das consequências judiciais. No Twitter, o PAN insiste que é preciso alargar os prazos de prescrição e anuncia que vai propor um grupo de trabalho no parlamento sobre o tema.
O Livre apela ao fim da impunidade e do encobrimento.
Para o Chega, há ainda a castração química que continua a ser vista como uma solução.
Nas soluções, há divergências, mas sobre a gravidade dos casos não há nenhuma dúvida.
Por isso, o PAN sublinha que o problema não pode cair no esquecimento.
A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica divulgou esta segunda-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, as conclusões do trabalho realizado ao longo de 2022 e que resultou na recolha de centenas de testemunhos de vítimas. O documento foi entregue este domingo à Conferência Episcopal Portuguesa.
No primeiro relatório do género divulgado em Portugal, admite-se que terá havido “no mínimo” 4.415 vítimas de abusos sexuais na Igreja.