Assunção Cristas, jurista, professora universitária e ex-vereadora da Câmara de Lisboa, defende a postura de Carlos Moedas no caso do acidente do Elevador da Glória.
A ex-vereadora da Câmara de Lisboa considera que Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, "optou corretamente" em estar no terreno perto das pessoas e num registo "mais sereno e de respeito" pelas vítimas do descarrilamento.
"Poucos minutos depois estava no terreno", assinala.
Questionada se demissões na autarquia seriam ato de cobardia, como disse Moedas este domingo à noite em entrevista à SIC, Assunção Cristas defende que é "natural e positivo" que responsáveis sintam que devem demitir-se. Considera igualmente positivo "ser dada uma indicação de que todos juntos temos de encontrar soluções", referindo-se ao autarca afastar demissões.
"Ficaria muito surpreendida se Carlos Moedas chegasse aqui e dissesse 'eu vou embora, eu viro as costas'. Acho que o assumir a responsabilidade é dizer o que disse aqui: 'Eu não descansarei enquanto não estiver tudo devidamente explicado'", afirma.
Na SIC Notícias, antecipa "muito discussão" técnico-jurírica sobre as culpas e as responsabilidades da tragédia.
A nível político, considera que as "coisas" estão "bastante justificadas e claras".
O descarrilamento do Elevador da Glória provocou 16 mortos e mais de 20 feridos.