Joe Biden, na entrevista concedida à ABC News, mostrou dificuldade em admitir erros em relação à saída dos Estados Unidos no Afeganistão. O caos, diz o Presidente norte-americano, era inevitável.
Cerca de 15 mil norte-americanos estão ainda no Afeganistão. Por isso, Joe Biden admite estender a presença militar no país, mas apenas em caso de necessidade extrema.
Numa intervenção no Parlamento Europeu, Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia, traçou um retrato muito mais pessimista da situação do Afeganistão do que Biden.
As declarações coincidem com a chegada a Espanha do primeiro contingente de afegãos funcionários das instituições europeias em Cabul.
"Não lhes chamem 'migrantes'. São exilados, pessoas que fogem para salvar as suas vidas. (...) Isto é um catástrofe para o povo afegão, para os valores e credibilidade Ocidentais e para o desenvolvimento das relações internacionais."
O diplomata diz que há ainda 300 afegãos que trabalhavam nas Instituições Europeias que ainda não conseguiram chegar ao aeroporto de Cabul para tentar fugir do país.
VEJA TAMBÉM:
- Cerca de 300 afegãos que colaboraram com a União Europeia tentam chegar ao aeroporto de Cabul
- Espanha recebe primeiros 30 afegãos que vão ser acolhidos em diferentes países da União Europeia
- Espanha acolhe o 1º grupo de refugiados afegãos. Pedidos de asilo vão ser formalizados dentro de 3 dias
- Estados Unidos retiraram um total de 6.000 pessoas do Afeganistão