Depois de vários dias com alertas para a possibilidade de um atentado, os piores receios acabaram por confirmar-se. O Pentágono, que na quinta-feira avançou com duas explosões, garantiu esta sexta-feira ter sido apenas uma provocada por um bombista suicida.
Morreram mais de 110 pessoas, 13 das quais militares norte-americanos.
O comando militar dos Estados Unidos admitiu uma falha dos talibã na primeira revista dos que vinham de fora do aeroporto, garantindo não ter mais informações para já para dizer se foi mais que um erro ou se houve uma aliança com os terroristas.
O atentado colocou ainda mais pressão sobre uma das maiores operações de evacuação da história. Mais de 100 mil pessoas já foram resgatadas, mas há ainda 5 mil à espera no aeroporto.
O objetivo dos Estados Unidos e do Reino Unido é tirar toda a gente, mas já admitiram que não vai haver tempo para resgatar todos os que estão a tentar fugir.
A missão de retirada de civis foi concluída por países como a Alemanha, Holanda, Canadá ou Espanha, de onde surge agora um alerta para uma eventual crise migratória.
Com o aeroporto de Cabul sobrelotado, milhares de pessoas tentam agora fugir pela fronteira com o Paquistão, numa altura em que aumentam os alertas para a eventualidade de novos atentados terroristas.
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