Israel e os Emirados Árabes Unidos assinaram um histórico acordo de paz há um ano. Um dos resultados foi o lançamento de uma operação de resgate de milhares de mulheres do Afeganistão, desportistas, atores, juízes e especialistas em robótica.
O correspondente da SIC em Israel, Henrique Cymerman, falou com ativistas israelitas que se infiltraram secretamente no Afeganistão para encontrar as mulheres e ajudá-las a fugir do regime Talibã que as persegue.
Nos últimos dias ativistas israelitas e dos Emirados Árabes Unidos infiltraram-se no Afeganistão para libertar dezenas de ativistas de direitos humanos e mulheres da seleção de ciclismo e especialistas em robótica.
Muitas delas fugiram dos Talibã porque estavam a ser ameaçadas de morte. Entre as fugitivas há também professoras universitárias, médicas e juízes, todas elas mulheres cultas que são conscientes da proibição dos talibãs de educar as mulheres.
Centenas de mulheres estão ainda na fronteira norte do Afeganistão com o Tajiquistão à espera de ter licença para poder entrar no país vizinho. Tentam esconder-se de centenas de combatentes Talibã que patrulham a região. As que tiveram mais sorte foram levadas para os Emirados num avião israelita e estão à espera de receber asilo político na Europa e no Canadá.
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