Alterações Climáticas

Prémio Gulbenkian para a Humanidade distingue organizações científicas que combatem alterações climáticas

Plataforma Intergovernamental Ciência-Política sobre Biodiversidade e Serviços de Ecossistemas (IPBES) e Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC) galardoados.

Angela Merkel anuncia o Prémio Gulbenkian para a Humanidade, 13 outubro 2022.
Angela Merkel anuncia o Prémio Gulbenkian para a Humanidade, 13 outubro 2022.
Horacio Villalobos

O Prémio Gulbenkian para a Humanidade foi, esta quinta-feira, atribuído a duas organizações que se dedicam ao combate às alterações climáticas e à perda de biodiversidade: a Plataforma Intergovernamental Ciência-Política sobre Biodiversidade e Serviços de Ecossistemas (IPBES) e Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC).

O IPCC, Prémio Nobel da Paz em 2007 juntamente com Al Gore, é o organismo das Nações Unidas que, desde 1988, “promove a criação de conhecimento científico no sentido de avaliar os impactos climáticos da ação humana e que apoia os governos na tomada decisão e implementação de medidas de combate às alterações climáticas”, lê-se no comunicado de imprensa.

A IPBES foi criada em 2012 “com o objetivo de melhorar a relação entre o conhecimento científico e os decisores políticos em questões relacionadas com biodiversidade, proteção dos ecossistemas, bem-estar humano e sustentabilidade”.

Angela Merkel entregou Prémio Gulbenkian para a Humanidade em Lisboa

O prémio foi anunciado pela presidente do júri, a antiga chanceler alemã Angela Merkel, que entregou o galardão na Fundação Gulbenkian, com a presença do presidente da Fundação, António Feijó, e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Angela Merkel foi, pela primeira vez, a presidente do júri do Prémio Gulbenkian para a Humanidade, sucedendo ao antigo Presidente da República Jorge Sampaio, que presidiu ao júri nas primeiras duas edições.

O prémio, no valor de um milhão de euros, pretende distinguir pessoas, grupos ou organizações de todo o mundo cujo trabalho tem contribuído para mitigar o impacto das alterações climáticas.

Na primeira edição, em 2020, foi atribuído à ativista sueca Greta Thunberg, que aplicou a verba no apoio de vários projetos escolhidos por si, incluindo iniciativas para apoiar o combate à covid-19 na Amazónia, vítimas de catástrofes naturais na India, Bangladesh e em países africanos, e na transição energética em África.

Em 2021 venceu a "Global Covenant of Mayors for Climate & Energy", uma aliança constituída por mais de 10.600 cidades e governos locais de 140 países que utilizou o prémio para financiar projetos em cinco cidades no Senegal para o fornecimento de água potável e numa cidade nos Camarões para o desenvolvimento de soluções de eficiência energética.

Última atualização: 22:02 de 13 de outubro de 2022