No comunicado final, o G20, que integra os países mais desenvolvidos e emergentes, anunciou o reforço da cooperação entre serviços secretos, o aumento da segurança aérea e dos meios de luta contra as fontes de financiamento do terrorismo.
"Estamos preocupados com o atual e crescente fluxo de combatentes terroristas estrangeiros e ameaça que implica para todos os Estados, incluindo países de origem, trânsito e destino", indicou o G20, na sequência dos atentados de sexta-feira à noite em Paris, que causaram 129 mortos e mais de 400 feridos.
Por outro lado, os líderes do G20 pediram a todos os países do planeta que contribuam para a gestão da crise dos migrantes e refugiados.
"Pedimos a todos os Estados que contribuam na resposta a esta crise e na partilha do fardo inerente, nomeadamente em termos de recolocação dos refugiados, direitos de entrada humanitária e ajuda humanitária", indicou a declaração final.
Os líderes políticos também reconhecem que "a crescente desigualdade" social é motivo de preocupação e pode colocar em risco a coesão social e as perspetivas futuras de crescimento.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) tinha alertado, antes desta cimeira, que a desigualdade era um motivo de preocupação, já que regista os níveis mais altos das últimas décadas nas economias desenvolvidas, enquanto a situação nos países emergentes é ainda pior.
Os líderes dos países do G20 adotaram uma normativa para favorecer a transparência fiscal e dificultar a engenharia financeira de grandes empresas, bem como uma regulação bancária desenhada para evitar futuros resgates ao setor.
Os dirigentes do G20 reconhecem que o crescimento mundial está abaixo das expectativas, advertindo para "riscos e incertezas" nos mercados financeiros, além de "desafios geopolíticos" que ameaçam a economia, de acordo com o comunicado final.
Lusa