Quando abandonou a Comissão Europeia, no final de 2019, Carlos Moedas deixou um aviso: iria fazer uma pausa da política ativa e integrou em janeiro de 2020 a administração da Fundação Calouste Gulbenkian. Um ano depois, volta à política ativa depois de uma fuga de informação ter precipitado o anúncio de Rui Rio.
"A pressão tem aumentado e havendo pressão e especulação entendemos qe deveriamos acelerar a nossa decisão", disse esta quinta-feira Rui Rio.
E a decisão acabou por ser Carlos Moedas que, segundo o líder do PSD, não está obrigado a ganhar a Fernando Medina.
"Nenhum partido é obrigado a ganhar Câmaras. Mas um partido da dimensão do PSD é obrigado a apresentar candidatura forte", acrescentou.
A candidatura é apresentada em conjunto com o CDS que considera Carlos Moedas a alternativa ao socialismo e um nome de consensos.
Esta sexta-feira, o líder centrista, Francisco Rodrigues dos Santos confirmou a escolha da direção do partido e acrescentou que esta decisão é "o primeiro passo para que haja uma coligação ganhadora de centro-direita para o pais".
Francisco Rodrigues dos Santos garantiu que o acordo ainda não está totalmente fechado com o PSD e que a coligação para as autárquicas "será aprofundada pelas direção dos partidos".
Mas CDS e PSD podem não ficar sozinhos na coligação por Lisboa. Para já, a porta mantém-se aberta à Iniciativa Liberal apesar da estratégia dos liberais ser a aposta em candidatos próprios.
João Cotrim Figueiredo admitiu que o perfil do do ex-comissário europeu encaixa no partido e pode interessar e por isso agendou para a próxima semana um encontro com Carlos Moedas para avaliar as intenções liberais do candidato.