O PSD entregou esta terça-feira, em tribunal, um pedido de impugnação da candidatura de Pedro Santana Lopes à Câmara da Figueira da Foz.
A candidatura do PSD ao município alega que o movimento independente tem apresentado denominações diferentes, o que, no entendimento do partido, viola a lei que regula a eleição dos órgãos das autarquias locais.
Segundo o documento que deu entrada no Tribunal Judicial da Figueira da Foz e a que a agência lusa teve acesso, o PSD alega ainda que o movimento independente de Santana Lopes não comprovou o cumprimento do número mínimo de proponentes.
O juíz tem agora 24 horas para decidir sobre o pedido de impugnação.
A decisão de admitir ou não a candidatura ainda pode ter recurso para o Tribunal Constitucional.
- Autárquicas. Pedro Machado acusa Santana Lopes de traição ao PSD
- Autárquicas. Carlos Monteiro acusa Santana Lopes de ser o principal responsável pela dívida na Figueira da Foz
Santana Lopes quer três mandatos para uma Figueira da Foz "liderante"
O antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes, que apresentou a candidatura à Câmara da Figueira da Foz 24 anos depois o ter feito pela primeira vez, garantiu ser sua intenção cumprir os três mandatos para um município "liderante".
Depois de ter sido presidente daquele município do distrito de Coimbra entre 1997 e 2001 pelo PSD, Santana Lopes disse ter então saído da Figueira da Foz para conquistar Lisboa, por "imperativo nacional".
Desta vez, contudo, o antigo presidente do PSD e ex-secretário de Estado prometeu três mandatos, o máximo permitido por lei, e uma Figueira da Foz "na frente, liderante".
"A Figueira da Foz tem de ser a capital do mar. A Figueira tem de liderar na investigação e na ciência, e, por isso, vai nascer entre a Costa de Lavos e a Gala um centro de investigação em ciências do mar", disse, além de um centro de investigação da floresta.
Admitindo que a "malta nova" foi quem mais o incentivou a regressar à Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes exigiu respeito pelo município e lembrou a "falta de respeito" que existe atualmente, com quatro pessoas a administrarem o Porto da Figueira, mas que são de Aveiro.
"Mas que foi feito nestes últimos 20 anos? Como está o Oásis (na praia)? Como está o Paço de Maiorca? O Convento de Seiça?", perguntou.