A habitação foi um dos temas que aqueceu o debate entre os sete candidatos à Câmara do Porto. Rui Moreira começou por dizer que o Porto é o município com mais habitação social, avançado que tem 13%. Mas Sérgio Aires, negou estes dados, afirmando que esse valor corresponde a 13% da população residente, havendo 9% de habitação social.
Para a CDU, representada pela vereadora Ilda Figueiredo, o que é necessário é recuperar 3.000 fogos para habitação social, “regular o turismo, o alojamento local, mas, sobretudo, construir e recuperar habitação degradada – pública ou provada”.
O Bloco de Esquerda vai mais longe – “quanto mais melhor” – e exige que sejam recuperados 5.000 fogos para evitar o envelhecimento da cidade. Para Bebiana Cunha, o que faltou foi “implementar uma estratégia local de habitação que resolva os problemas”.
Já Vladimiro Feliz, candidato do PSD, acusa a Câmara de exercer em excesso o direito de preferência em edifícios que estão a ser vendidos e defende o mercado imobiliário livre.
"Se a câmara deixar de funcionar como agente imobiliário intervindo na compra de edifícios que poderiam estar a funcionar no mercado, não teríamos tantos problemas de acesso à habitação", diz Vladimiro Feliz.
A afirmação não agradou a Ilda Figueiredo que pediu a palavra a Clara de Sousa para defender esta prática. Afirma que algumas das iniciativas partiram da CDU com o objetivo de “defender moradores que estavam a ser ameaçados de despejo”.