Catarina Martins aproveita a campanha autárquica para deixar regados ao Governo. Na Moita, a coordenadora do Bloco de Esquerda aproveitou a corrida eleitoral para pedir mais força para o partido, mas sem estabelecer uma meta para o dia 26 de setembro.
Em Lisboa, o objetivo é manter uma vereação com pelouro, como aconteceu nos últimos quatro anos. Para isso, é necessário continuar o acordo com o PS na capital.
Do outro lado do Tejo, na Moita, Catarina Martins passou a manhã desta segunda-feira com Joaquim Raminhos, o candidato à autarquia. Joana Mortágua, deputada e candidata à Almada, também esteve presente na campanha do município vizinho.
A coordenadora do bloco de Esquerda não conseguiu quantificar até onde o partido quer navegar nestas eleições. No entanto, quando se trata do Orçamento do Estado, Catarina Martins foi bem mais clara e garante que não abdica da negociação da legislação do trabalho. Um recado direcionado para o Governo.
As eleições autárquicas são as mais difíceis para o partido que, em 22 anos, apenas conquistou uma presidência de câmara – a de Salvaterra de Magos, atualmente gerida por uma autarca da CDU. A fasquia para o Bloco de Esquerda é baixa, mas o partido não se pode dar ao luxo de perder os 12 vereadores que tem atualmente, sob pena de continuar a não ter poder a nível autárquico.
► Veja mais:
- Autárquicas: descentralização e bazuca europeia devem ser temas centrais da campanha
- BE e PCP lembram Sampaio como "homem de coragem" e "profundamente coerente"
- Orçamento do Estado: Bloco de Esquerda traça três objetivos para o SNS
- Bloco de Esquerda disponível para reeditar acordo pós-eleitoral com o PS em Lisboa