A noite deste sábado ficou pintada de vermelho: de norte a sul do país – e também nas ilhas – a festa foi dos benfiquistas. O título número 38 chegou, quatro anos depois. O Marquês de Pombal, encheu-se de adeptos que esperaram horas para ver a equipa. Noutras cidades do país, os fãs também saíram à rua para celebrar.
Houve quem assistisse ao jogo já posicionado na rotunda do Marquês de Pombal e que lá ficasse sete horas e meia à espera de ver os ídolos do futebol. A espera foi, mas a festa fez o tempo passar mais rápido.
Jogadores, equipa técnica, staff e famílias só deixaram o estádio da luz quatro horas depois de se sagrarem campeões.
O percurso feito aos soluços, com paragens frequentes. Muitos seguiram o cortejo a pé. Chegaram ao Marquês uma hora e meia depois de deixarem a Luz. A noite acabou sem incidentes
Vila Real
Longe da capital, e na impossibilidade de se deslocarem a Lisboa, muitos os benfiquistas a celebrar noutros pontos do país. Em Vila Real nem a chuva estragou a festa.
A chuva que se abateu em Vila Real no fim do jogo entre o Benfica e o Santa Clara regou a festa no centro da cidade. Mas nada parou os benfiquistas que há quatro anos esperavam pelo grito da vitória.
Fizeram-se declarações de amor a um clube e a avenida principal de Vila Real ia ficando cada vez mais pintada de vermelho
A noite de sábado foi longa, com permissão para alguns excessos dos benfiquistas.
Faro
Em Faro, muitos adeptos assistiram ao jogo do Benfica em esplanadas. No final, a festa foi na baixa, limitada pelo transito cortado, que teve influência na multidão – bem mais pequena do que noutros anos.
Sete minutos bastaram para a festa começar: ainda por cima com o primeiro golo a ser marcado pelo algarvio Gonçalo Ramos.
Os cachecóis de campeão já estavam distribuídos e o campeonato certo. Os primeiros festejos na baixa de Faro ainda se cruzaram com o final da festa LGBT.
Os cânticos benfiquistas demoraram um pouco mais a ouvir-se. Com acessos cortados ao transito, só quem veio a pé conseguiu chegar ao centro.
A festa fez-se junto às docas, com os excessos habituais de quem ganha um campeonato. A concentração foi, no entanto, inferior às de outros anos.
Funchal
O título do Benfica foi celebrado pelos adeptos também no Funchal. Os festejos correram a cidade e acabaram na estátua de João Gonçalves Zarco, o descobridor da Madeira.
Ainda era dia e já os adeptos do Benfica tinham cortado o trânsito na Avenida do Mar para celebrar o titulo e gritar pelo clube. Apesar da distancia, o clube está no coração de muitos madeirenses.
Mas não foram sós os madeirenses a por cachecol ao pescoço e a ir para rua. Nos festejos não faltaram os turistas. E houve até quem tivesse de interromper uma despedida de solteiro por causa do Benfica.
A festa começou na avenida, mas depois correu pela cidade, sempre com a polícia por perto.
Os adeptos acabaram por se juntaram em redor da estátua de João Gonçalves Zarco, o descobridor da Madeira. Entre vivas ao Benfica, houve quem subisse para deixar a marca da vitória no campeonato na estátua.
Ponta Delgada
Em Ponta Delgada, centenas de adeptos celebraram a conquista encarnada. Confessam-se, contudo, tristes por ter sido frente ao Santa Clara. O clube açoriano despede-se da I Liga.
O entusiasmo de Cristiano junta-se ao de centenas de benfiquistas açorianos que voltaram a fazer a festa junto às Portas da Cidade, em Ponta Delgada.
Depois de cinco anos entre os melhores, o Santa Clara deixa a I Liga fechando o campeonato com a derrota que o Benfica precisava para se sagrar campeão.
Os festejos em São Miguel duraram até cair a noite, com uma onda de euforia encarnada.