O Presidente da República sublinhou, em entrevista à SIC Notícias, a importância do acordo pós-Brexit alcançado esta quinta-feira entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido.
Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que Portugal também estava preparado para um cenário no qual não ocorresse um entendimento, que, na ótica do Presidente, representaria um "choque (...) muito negativo para todos".
A UE e o Reino Unido fecharam esta quinta-feira, véspera de Natal, o acordo sobre a parceria pós-Brexit.
“Chegámos finalmente a um acordo. Foi um longo caminho, mas temos um bom acordo, que é justo e equilibrado”, anunciou Von der Leyen numa conferência de imprensa com o negociador-chefe da UE, Michel Barnier, na sede do executivo comunitário.
A uma semana do final do “período de transição” para a consumação do Brexit e da saída do Reino Unido do mercado único, o bloco europeu e Londres evitaram assim um divórcio desordenado, estabelecendo um acordo de comércio livre que regerá as relações futuras.
Sublinhando que o acordo agora alcançado "evita perturbações maiores para trabalhadores, empresas e viajantes após 1 de janeiro" de 2021, Von der Leyen admitiu "francamente" sentir hoje "alívio" por a UE poder virar esta página, por mais dolorosa que seja para muitos.
"A todos os europeus, digo: é tempo de deixar o 'Brexit' para trás. O nosso futuro é feito na Europa", concluiu.
ACORDO DÁ "ESTABILIDADE E CERTEZA" A RELAÇÃO "TURBULENTA" COM UE
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, considera que o acordo de comércio negociado com a União Europeia "significa uma nova estabilidade e certeza no que às vezes tem sido uma relação turbulenta e difícil".
"Seremos vossos amigos, aliados, apoiantes e, na verdade, não vamos esquecer, o vosso principal mercado", afirmou, dirigindo-se aos 27, numa conferência de imprensa após o anúncio do acordo pós-Brexit.
Aos britânicos, Boris Johnson disse: "No final de um dos anos mais difíceis, a nossa atenção está em derrotar a pandemia [...] e reconstruir a nossa economia".
"[O acordo] significa acima de tudo certeza, para a indústria da aviação, os transportadores [...] , a polícia, as forças das fronteiras e todos aqueles que nos mantêm seguros", acrescentou.
"Significa certeza para nossos cientistas que poderão trabalhar juntos em grandes projetos coletivos. Mas acima de tudo significa certeza para as empresas", disse o primeiro-ministro.