O Parlamento debate esta quarta-feira as propostas do Chega e IL para constituir uma comissão de inquérito à atuação do SIS na recuperação de um computador do Ministério das Infraestruturas, com o PSD sem revelar se a vai impor. João Galamba garante que não teme os desenvolvimentos da audição de hoje.
Em declarações aos jornalistas no Terminal de Contentores de Alcântara, em Lisboa, o ministro das Infraestruturas diz que vê as posições da oposição como um “ato de desespero”.
As duas propostas do Chega e do IL serão votadas na sexta-feira, sendo que o PSD já indicou que as irá viabilizar, mas não esclareceu se quer avançar com um inquérito potestativo (obrigatório), para o qual é necessária a assinatura de pelo menos 46 deputados.
O líder parlamentar social-democrata, Joaquim Miranda Sarmento, afirmou no final de maio que o seu partido estava a ponderar se avançava com uma iniciativa própria, consoante os esclarecimentos dados pelo primeiro-ministro, mantendo-se a incógnita até agora.
Caso o PSD não avance com o inquérito obrigatório, a constituição de uma comissão de inquérito à atuação das secretas deverá ser chumbada pelo PS, que detém a maioria absoluta, e que já considerou que esta contribuiria para "pôr em causa a salvaguarda e a integridade do Estado português".
Em causa está a intervenção do Serviço de Informações de Segurança (SIS) na recuperação do computador de serviço de Frederico Pinheiro, ex-adjunto do ministro das Infraestruturas.