Em Glasgow, admite-se o prolongamento da Cimeira do Clima para o fim de semana, com os organizadores a falar em bloqueio nas negociações entre duzentos países, mesmo depois da expetativa criada pelo acordo entre a China e os Estados Unidos - as maiores economias e poluidores da Terra.
Na Escócia, o dia ficou já marcado pela BOGA, as iniciais para a aliança entre dez países que consagram já deixar, ainda sem data certa, de explorar jazidas de gás e petróleo.
Nas últimas horas previstas da Cimeira do Clima, as expectativas de um acordo climático entre quase duzentos países aumentam ainda mais com o entendimento anunciado entre a China e os Estados Unidos.
As maiores economias e também os maiores poluidores do planeta concordam formar um grupo de trabalho para cumprir a meta climática de limitar o aquecimento global a grau e meio.
O anúncio foi de imediato saudado pelo secretário geral da ONU e considerado decisivo para o desfecho da reunião.
É mais o que une do que separa os dois países, reconhecem Pequim e Washington.
Para os organizadores, o sucesso da cimeira será medido pelos objetivos inscritos na Declaração Final.
E à margem desta cimeira, contra países como a França, cinco países da União Europeia, Portugal incluído, declaram-se contra a energia nuclear.
Consideram que não é alternativa à transição dos combustíveis fósseis porque é arriscada, não sustentável, e desvia fundos das energias renováveis.
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