Na cimeira do clima que decorre em Glasgow há falta de consenso sobre o texto final. Um novo rascunho foi divulgado hoje e suaviza as medidas sobre os combustíveis fósseis.
A nova versão do acordo final continua a referir os combustíveis fósseis no documento mas de forma mais vaga. A linguagem está mais suavizada do que na versão anterior e convida os participantes a limitar o financiamento "ineficiente" em relação aos combustíveis fósseis e a eliminar progressivamente da energia a carvão.
Nas primeiras versões, o texto não incluía a palavra "ineficiente" e apelava diretamente à aceleração sobre fim do financiamento de exploração de combustíveis fósseis.
Este é um artigo particularmente conflituoso no acordo, nomeadamente para os países produtores de petroleo e carvão.
Mas caso o texto resista, será em Glasgow que o mundo vai admitir, pela primeira vez, o papel destruidor dos combustíveis fósseis nas alterações climáticas.
Um outro ponto do novo texto preliminar pede aos Estados membros que aumentem, a partir de 2022,
os compromissos em relação à redução de emissões "com mais regularidade".
O documento acrescenta que esta revisão deve ser feita "tendo em conta as circunstâncias nacionais"
e abre caminho para ajustes em determinados países.
Ao contrário do que estava previsto, os trabalhos da cimeira podem não terminar hoje e podem
e prolongarem-se durante o fim de semana.
A conclusão do documento final exige um acordo entre as 197 partes presentes em Glasglow.