Cimeira do Clima

Mais de 120 líderes mundiais marcam presença no arranque da COP 27

Ainda assim algumas das maiores e mais poluidoras economias do mundo não estão presentes.

Mais de 120 líderes mundiais marcam presença no arranque da COP 27
KHALED ELFIQI

O arranque da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, no Egito, (COP 27) fica marcado pela presença de mais de 120 líderes mundiais e pela ausência de líderes de algumas das maiores e mais poluidoras economias do planeta, como a China, a Rússia e a Índia.

A cimeira decorre até ao final da próxima semana e vai juntar decisores políticos, académicos e organizações não-governamentais para discutir a luta contra o aquecimento global, assim como o financiamento dos países pobres.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, foi um dos oradores na abertura do evento. Deixou o aviso que o planeta está a chegar a um ponto de não retorno e apelou às duas maiores economias mundiais para evitar o caos climático.

António Guterres, pediu hoje que os conflitos mundiais não sejam usados como desculpa para fugir às responsabilidades relativas ao clima, defendendo que a humanidade tem de escolher entre "solidariedade ou suicídio em massa".

No seu discurso perante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27), Guterres considerou que, apesar dos múltiplos conflitos que assolam o mundo - como a guerra na Ucrânia ou o conflito no Sahel -, "as alterações climáticas têm uma escala e uma linha de tempo diferentes", já que "constituem a questão definidora da época" atual e o "desafio central do século".

Por isso, defendeu ser "inaceitável, escandaloso e contraproducente" deixar a luta contra as alterações climáticas "em segundo plano", e sublinhou que "muitos dos conflitos atuais estão relacionados com o crescente caos climático".

Ao longo das últimas semanas, em matéria ambiental, o primeiro-ministro português, António Costa, tem salientado "o compromisso" de Portugal em relação ao Acordo de Paris de 2015, "com o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 graus celsius face aos níveis pré-industriais", assim como a sua "firme intenção de manter políticas ambiciosas com vista à neutralidade carbónica em 2050".

Em setembro, no discurso que proferiu perante a Assembleia Geral das Nações Unidas, afirmou esperar que desta COP27 saia um compromisso que permita uma transição ambiental inclusiva, assegurando uma repartição mais equilibrada do financiamento climático entre a mitigação e a adaptação.