Combustíveis

Motoristas de matérias perigosas abdicam de quase todas as exigências

Sindicato aceita cumprir protocolo de 17 de maio.

Motoristas de matérias perigosas abdicam de quase todas as exigências
MÁRIO CRUZ

O sindicato de motoristas de matérias perigosas abdicou de praticamente todas as exigências. É o que se conclui do acordo de princípio, assinado na sexta-feira pela Antram.

O presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Francisco São Bento (2-E), o antigo porta-voz do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas (SMMP), Pardal Henriques (D), e o mediador do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Bruno Fialho (2-D) em agosto de 2019.
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O sindicato aceita agora negociar a partir do protocolo assinado a 17 de maio. Nesse documento, prevê-se um aumento salarial para os 700 euros no próximo ano e um subsídio de operações de 125 euros.

A greve de agosto foi convocada porque o sindicato dizia que a Antram tinha voltado atrás nesse acordo e exigia que fosse cumprida a declaração, assinada uma semana antes, que previa aumentos de 100 euros em 2021 e 2022.

No acordo assinado na sexta-feira, a que a SIC teve acesso, o sindicato de Francisco São Bento abdica desses aumentos e de uma das exigências mais recentes: um aumento de 50 euros no subsídio de operações, que acabará por ficar nos 125 euros.

Para além dos recuos, o sindicato de motoristas de matérias perigosas aceitou ainda desconvocar a greve, que ia começar este sábado.

O sindicato e a Antram estiveram reunidos, novamente, no Ministério das Infraestrututas, numa reunião que durou várias horas.

À saída, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, mostrou-se satisfeito com o desfecho, dizendo que acredita não ser necessária uma nova intervenção do Governo.

Na reação, António Costa disse que a desconvocação da greve foi uma "vitória do diálogo".

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