Conflito Israel-Palestina

Manifestantes exigem a demissão de Netanyahu em Israel

24 horas depois da apresentação de uma nova proposta de tréguas para a Faixa de Gaza, multiplicam-se as pressões das várias partes envolvidas no conflito. Dentro do governo de Israel há tensões que ameaçam pôr em xeque qualquer potencial acordo.

Manifestação em Jerusalém
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É com uma sociedade israelita profundamente dividida que se avança para mais uma tentativa de acordo para um cessar-fogo. As ruas de Jerusalém viram no fim de semana duas manifestações diferentes.

Este domingo, judeus ortodoxos protestavam contra a decisão do Supremo Tribunal Internacional que determina que o estado de Israel deve terminar com os impedimentos à mobilização militar desta parte minoritária da população. Antes, houve uma série de manifestações muito mais numerosas que terminaram com polícia montada e detenções, entre aqueles que defendem a libertação dos reféns e a demissão do primeiro-ministro.

Os protestos intensificaram-se com as declarações de Benjamin Netanyahu, que reafirmou apenas estar disponível para um cessar-fogo depois da destruição total do Hamas, em aparente contradição com o plano israelita apresentado pelos Estados Unidos.

Quer o Presidente do país, quer o líder da oposição já vieram garantir suporte ao governo de Netanyahu, caso aceite a proposta de cessar-fogo.

No entanto, o ministro da Defesa reafirma o avanço da ofensiva em Rafah, em contradição com o conselho dos Estados Unidos das e Nações Unidas.

Sem acordo, destruição continua

O único hospital que restava na cidade, refugio para cerca de 1 milhão de palestinianos deslocados, deixou também de estar em funcionamento.

Nas últimas 24 horas, foi registada a morte 60 pessoas na ofensiva israelita em Gaza, para além de 120 corpos resgatados dos escombros do campo de refugiados de Jabalia.