O único hospital que restava em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, deixou de estar em funcionamento. O alerta foi dado nas redes sociais do gabinete da Organização Mundial da Saúde para a Palestina.
Segundo a OMS, estão em funcionamento apenas dois hospitais de campanha em Rafah. No entanto, ambos estão sobrecarregados.
Desde que Israel iniciou a sua operação militar em Rafah, permanece fechada a passagem fronteiriça para o Egito, por onde passava grande parte da ajuda humanitária para o enclave, enquanto pela passagem de Kerem Shalom, que liga Gaza a Israel, também a sul, passa apenas esporadicamente alguma ajuda.
A proximidade dos combates e a escassez de suprimentos forçou o encerramento de vários hospitais e clínicas nas últimas semanas, de acordo com organizações como a OMS e os Médicos Sem Fronteiras (MSF).
Em Rafah, quase um milhão e meio de pessoas, na sua maioria deslocadas de outras partes da Faixa de Gaza, ficaram amontoadas após o início da guerra no enclave, embora nas últimas semanas mais de um milhão tenham sido forçadas a fugir face à expansão dos ataques israelitas.
Ao mesmo tempo que o escritório da OMS na Palestina confirmou o encerramento do hospital dos Emirados, o organismo militar israelita que gere os assuntos civis nos territórios palestinianos ocupados anunciou a abertura de uma maternidade na cidade de Deir al Balah, no centro de Gaza.
Apesar do plano de tréguas, Rafah continua a ser atingida por ataques israelitas
Apesar do plano de tréguas apresentado por Biden em nome de Israel, Rafah continua a ser atingida por ataques israelitas. A população civil do território implora pelo fim das hostilidades que duram há quase oito meses.
Mesmo com uma proposta de acordo em cima da mesa, e em desafio à decisão do Tribunal Internacional de Justiça, Israel voltou a atacar Rafah este sábado.
Pelo menos duas pessoas morreram e várias ficaram feridas na cidade que acolhe centenas de milhares de deslocados.
Com Lusa