O incêndio no norte de Israel teve origem em rockets lançados pelo Hezbollah, a partir do sul do Líbano. Durante várias horas, a água lançada pelos bombeiros, não chegou para controlar as chamas.
Água que falta em Khan Younis, agora que as tropas israelitas já saíram e os antigos moradores estão de regresso à cidade.
"Não arranjamos água. Nem água salgada nem potável. Sofremos muito com a falta de água e se alguém quiser resolver um problema, deve fazê-lo com água. Para beber um copo de água temos de caminhar quase dois quilómetros até ao mar , explica Ayad Abu Khries, habitante de Khan Younis.
Hadeel tem apenas 13 anos e é ela quem enche recipientes com água e os carrega: “Doem-me as costas de carregar esta água toda”.
Quer a Khan Younis, como a toda a faixa de Gaza, a ajuda não chega. Não há lei nem ordem, apenas um povo esquecido, alerta a ONU.
"As mulheres, crianças, os idosos, as pessoas portadoras de deficiência precisam de ajuda, ninguém está a cuidar delas. E isso continua a ser um desafio tanto em termos de segurança, mas também, infelizmente, porque estamos no meio do colapso da lei e da ordem", diz Andrea de Domenico da ONU.
Os combates prosseguem a sul, na região de Rafah. Esta é a realidade que, sobretudo os Estados Unidos dizem que pode mudar. Se o Hamas assim quiser.
"O mundo deveria saber, o povo palestiniano deveria saber, que a única coisa a impedir um cessar-fogo imediato, hoje, é o Hamas. A proposta que está em cima da mesa é quase idêntica àquela que o Hamas disse que aceitaria, há umas semanas, e, agora, é a hora de eles agirem. É hora de aceitarem o acordo”, Matthew Miller, porta-voz do departamento de estado dos EUA
O plano prevê um cessar-fogo em Gaza em troca da libertação dos reféns. As tropas de Israel mantêm a ofensiva, mas garantem que estão dispostos a cumprir o acordo.
“O exército israelita cumprirá qualquer acordo e garantirá a segurança para todos os cidadãos de Israel e para todas decisões tomadas pelo governo israelita. Volto a dizer que o exército israelita cumprirá o acordo de reféns e providenciará segurança aos cidadãos de Israel”, diz o porta-voz de Israel.
Entretanto, mais quatro reféns israelitas foram confirmados como mortos. Yoram Metzger e Haim Perry, ambos de 80 anos, Nadav Popplewel, de 51, e Amiram Cooper de 84 anos. Terão morrido em cativeiro na região de Khan Younis. Na esperança de um qualquer acordo entre Israel e o Hamas.