Os três mísseis - dois foram lançados por caças e o terceiro por um drone -atingiram a escola Tabaeen ao final da madrugada. As explosões destruíram um dos andares das instalações e um pátio onde centenas de pessoas rezavam o Fájer, a primeira oração muçulmana do dia.
“Israel, como de costume, não fez qualquer aviso. Ataca independentemente do facto de haver crianças, mulheres, jovens ou idosos. São pessoas pacíficas na mesquita, uma das casas de Alá. Havia pessoas a rezar. Havia pessoas a lavar-se e havia pessoas no andar de cima a dormir, incluindo crianças, mulheres e idosos. O míssil caiu sobre eles sem aviso prévio. o primeiro míssil e o segundo atingiram-nos”, conta um habitante local.
Um porta-voz militar israelita justificou já o ataque a esta escola da Cidade de Gaza. Declarou que haveria pelo menos vinte combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica, incluindo comandantes dos dois grupos.
Estariam escondidos neste complexo, considerado como uma área segura para mais de dois mil civis. Com a mesma justificação, a ONU diz que só no mês passado houve onze ataques israelitas a escolas de Gaza.
No centro e no sul do território, as tropas israelitas mantêm a ofensiva terrestre para impedir o reagrupamento do Hamas, e localizar os reféns de 7 de outubro. Os Estados Unidos mantêm entretanto marcadas para a próxima semana o reatamento das conversações para alcançar um acordo de cessar-fogo. Criticaram já a oposição às negociações do ministro israelita das Finanças Bezali Smotrich.
No sul do Líbano, Israel continua a responder ao fogo diário do Hezbollah contra a fronteira norte do país. E numa incursão mais profunda,realizou uma operação militar para matar Samer al-Hajj, um dos líderes do Hamas que vivia na cidade de Sidon, na costa do Mediterrâneo.
Na capital do Irão, e em cerimónia fúnebre por Ismail Haniyeh, foi reforçado o ódio aos Estados Unidos e a Israel. O regime islâmico mantém a ameaça de retaliação pela morte do líder do Hamas, a semana passada em Teerão. Com a mesma retórica, os militares iranianos exibiram publicamente novo armamento. Prometeram esmagar os inimigos da Revolução Islâmica.