A conferência no Qatar pode ser decisiva para acabar com a guerra em Gaza. É muita a pressão internacional para Israel e o Hamas assinarem um cessar-fogo. O relato é de Henrique Cymerman, correspondente da SIC no Médio Oriente.
"A impressão é de que chegámos ao momento da verdade: um acordo em Gaza, assinado provavelmente em Doha, no Qatar, ou uma guerra uma guerra generalizada no Médio Oriente em sete frentes (...)", explica.
As negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza começaram esta quinta-feira em Doha, no Qatar. A nova ronda decorre a pedido dos mediadores Qatar, Estados Unidos e Egito.
O Irão diz que, se houver acordo, não ataca Israel. Mas muito está em causa, como explica o correspondente da SIC no Médio Oriente.
A mensagem dos EUA, acrescenta Henrique Cymerman, é que está é a última oportunidade para evitar uma guerra generalizada.
Em cima da mesa está um acordo que permitiria a troca dos 111 reféns israelitas ainda detidos na Faixa de Gaza pela libertação de prisioneiros palestinianos em Israel, apesar de as partes estarem em confronto há meses sobre uma linha vermelha: o fim definitivo dos combates e a retirada das tropas israelitas do enclave.
No entanto, o Hamas recusou participar nestas negociações, pedindo que seja aplicado o que já foi acordado, com base no roteiro de paz proposto pelo Presidente norte-americano, Joe Biden.