Conflito Israel-Palestina

"Porque não acabam com a guerra em Gaza em vez de trazerem vacinas?"

Apesar de os EUA garantirem haver progressos nas negociações entre Israel e o Hamas, no terreno a situação permanece trágica. Em Gaza, vacinam-se as crianças contra a poliomielite, ao mesmo tempo que continuam os ataques aéreos.

Vacinação de criança em Gaza
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Desde o último 'shabat' que os protestos semanais em Telaviv se tornaram diários. Ainda em choque após notícia da morte de mais seis reféns, muitos manifestantes e, sobretudo, familiares das vítimas exigem que o Governo de Benjamin Netanyahu comece a negociar para salvar reféns.

"Não podemos esperar. Estaremos nas ruas até que eles [os reféns] regressem", diz Amir Alfassa, familiar de um refém israelita.

Um dos principais focos de discórdia nas negociações tem sido o corredor de Filadelfia entre a Faixa de Gaza e o Egito.

O antigo membro do gabinete de guerra, Benny Gantz, discorda de Netanyahu e diz que as atuais políticas do primeiro-ministro põem em risco o futuro de Israel.

No terreno, a situação permanece em altíssima tensão. O exercito israelita matou 30 pessoas na ultima semana na Cisjordânia ocupada, ao mesmo tempo que são destruídas estradas e casas.

Em Gaza, um raio de esperança

Em 11 meses de guerra, quase 200.000 das cerca de 500.000 crianças foram vacinadas contra o surto de poliomielite, a paralisia infantil, na Faixa de Gaza.

Mas os pais, que correm altos riscos para deslocar os filhos num território devastado e perigoso, perguntam: "Em vez de trazerem as vacinas, porque não acabam com a guerra?

Horas antes, um ataque aéreo israelita contra uma escola, que servia de abrigo a deslocados de guerra, provocou a morte a mais 33 pessoas.