Conflito Israel-Palestina

Israel mantém ofensiva na Cisjordânia e bombardeia "zonas humanitárias" em Gaza

As cidades de Jenin, Tulkarem e Tubas, todas no norte da Cisjordânia e bastiões históricos das milícias palestinianas, têm sido alvo de uma "operação antiterrorista" em grande escala levada a cabo pelo Exército israelita desde 28 de agosto.

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O impasse mantém-se em Israel, com as manifestações nas ruas a exigir que o primeiro-ministro negoceie a libertação dos reféns antes de prosseguir com a guerra. As operações militares prosseguem na Cisjordânia, onde seis pessoas morreram e parte da população está cercada e sem acesso a água.

Quarteirões e quarteirões sem sinal de vida na outrora fervilhante cidade de Khan Younis são a prova de 11 meses de uma guerra sem fim à vista e que já fez mais de 40 mil mortos.

A contradição de no mesmo local haver vacinas e bombardeamentos traz a dor e o luto de quem perdeu familiares no mais recente raide aéreo israelita. Em Khan Younis e também mais a norte em Deir al Balah onde pelo menos cinco pessoas morreram no bombardeamento do campo de tendas dos refugiados nas traseiras do hospital Al Aqsa.

Mas as bombas não rebentam apenas em Gaza. Na Cisjordânia ocupada onde não governa o Hamas, há cerca de uma semana que o exército israelita leva a cabo uma operação denominada de antiterrorista. Dezenas de pessoas já perderam a vida, estima-se que milhares fugiram das casas, sobretudo em Jenin e Tulkarem.

O governador de Jenin acusa as autoridades israelitas de estarem a por em causa a sobrevivência numa zona densamente povoada.

Pelo quinto dia consecutivo, as manifestações em Telavive continuam a tentar pressionar o governo de Netanyahu a aceitar o plano proposto pelos Estados Unidos para libertar os reféns, mas até agora sem sucesso. Muitos acusam o primeiro-ministro de Israel de apenas pretender perpetuar-se no poder.

11 meses depois de raptados, 101 reféns continuam cativos pelo Hamas na Faixa de Gaza.