O Governo do Líbano elevou esta terça-feira de 491 para 558 mortos o balanço dos ataques israelitas na segunda-feira, o número mais elevado desde a última guerra entre o Hezbollah e Israel em 2006. A comunidade internacional teme uma escalada da guerra no Médio Oriente.
Henrique Cymerman, correspondente da SIC no Médio Oriente, considera que Israel tem dois objetivos no Líbano, “um oficial e outro um pouco mais secreto”.
“O primeiro é claro: devolver 80 mil israelitas que viviam na zona da fronteira, no dia 7 de outubro do ano passado, e que tiveram de ir embora, sendo refugiados dentro do seu próprio país, devido às ameaças do Hezbollah do outro lado da fronteira”.
“Mas há outro. Nos últimos 18 anos, o Hezbollah, apoiado pelo Irão, desenvolveu uma força de mísseis, entre 150 e 200 mil mísseis, que podem cobrir todo o território de Israel. Acho que Israel está a fazer o que pode para ganhar tempo e para tentar destruir parte desta infraestrutura”, afirma Henrique Cymerman.
O correspondente da SIC lembra que o ministro da Defesa israelita reconheceu esta terça-feira que o país destruiu já dezenas de milhares de mísseis nos últimos dias.