Conflito Israel-Palestina

Guterres alerta para fome em Gaza e pede a Israel que "trate civis com humanidade"

O secretário-geral da ONU considerou que o enclave atravessa a fase mais cruel da guerra entre Israel e o Hamas, com mais de dois milhões de pessoas em risco de fome.

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A madrugada foi novamente marcada por ofensivas israelitas que resultaram na morte de pelo menos seis pessoas na Faixa de Gaza. O secretário-geral da ONU alerta que os ataques militares e a fome colocam toda a população em risco de vida.

A comida é entregue de forma escassa e nunca em quantidade suficiente para alimentar os nove filhos de uma mãe palestiniana que perdeu o marido no início da guerra, a caminho de uma cozinha de caridade.

Sob crescente pressão internacional, Israel permitiu, esta semana, a entrada de ajuda humanitária em Gaza, após quase três meses de bloqueio total. O secretário-geral da ONU considerou que o enclave atravessa a fase mais cruel da guerra entre Israel e o Hamas, com mais de dois milhões de pessoas agora em risco de fome.

O alerta foi claro: sem acesso rápido e seguro à ajuda, mais pessoas morrerão. Bens essenciais, como combustível, gás de cozinha e materiais para purificar a água, continuam proibidos em Gaza.

Quatro quintos do território de Gaza são zonas militarizadas e inacessíveis para os palestinianos.

Desde meados do mês, a ofensiva israelita tem-se intensificado. Nas primeiras horas deste sábado, várias explosões foram registadas e, segundo a agência de Defesa Civil de Gaza, pelo menos seis pessoas morreram durante os ataques israelitas.

Em comunicado, o exército israelita afirmou ter atingido 100 alvos em Gaza nas últimas 24 horas, incluindo "terroristas de organizações terroristas em Gaza, estruturas militares, abrigos subterrâneos e outras infraestruturas terroristas", sobre os quais não fornece mais detalhes.