Os pedidos de ajuda de estrangeiros na China continuam a chegar, entre eles estão também apelos dos paquistaneses no país. Nas redes sociais surgem vídeos como o de uma estudante, que assegura haver mais de 300 pessoas do Paquistão em Jingzhou, a uma hora de Wuhan.
Kabia Sultana explica que não aguenta mais a "tortura mental", referindo-se ao isolamento que é uma das medidas preventivas aconselhadas para evitar o contágio. "Por favor, tirem-nos daqui" é uma das frases mais repetidas pela estudante em Jingzhou ao longo do vídeo divulgado pela Reuters.
No entanto, em conferência de imprensa, o ministro da saúde do paquistão assegura que tem recebido "todos os tipos de opinião" e que há muitos paquistaneses a ser bem tratados na China. Nas declarações, Zafar Mirza reforçou que o governo apoia totalmente a política chinesa quanto ao caso e envia palavras de solidariedade ao país, onde já morreram mais de duas centenas de pessoas devido ao novo coronavírus.
As companhias aéreas continuam a suspender os voos para a China. A Marroquina RAM, por exemplo, tinha inaugurado uma ligação direta entre Casablanca e Pequim a 16 de janeiro, mas os 3 voos semanais deixam, para já, de se realizar.
Também a Virgin Atlantic decidiu suspender as ligações a Xangai, face à queda na procura por voos. A medida entra em vigor a 2 de fevereiro durante 2 semanas, mas mantém as ligações a Hong Kong.
Já a British Airways foi mais longe, e cancelou todos os voos para a China durante 1 mês.
Face à confirmação dos dois primeiros caso em Itália, o governo de Giuseppe Conte tomou a decisão de bloquear o tráfego aéreo de e para a China.