Coronavírus

Ucranianos com receio da propagação do coronavírus contestam chegada de grupo da China

A ministra ucraniana da Saúde decidiu ficar de quarentena com as 70 pessoas que regressaram da China.

Centenas de habitantes da pequena cidade do centro da Ucrânia Novi Sanjary envolveram-se esta quinta-feira em confrontos com a polícia à chegada de um grupo de 70 pessoas - 47 ucranianos e 27 estrangeiros - que vão ficar em quarentena depois de terem regressado da China.

A ministra da Saúde ucraniana, Zoriana Skaletska, decidiu juntar-se ao grupo.

"Tomei a decisão de acompanhar as pessoas em observação. Vou passar os próximos 14 dias com eles, no mesmo edifício nas mesmas condições. Espero que a minha presença acalme aqueles que vivem em Novi Sanjary e no resto do país", escreveu Zoriana Skaletska no Facebook na noite de quinta para sexta-feira.

Manifestantes bloquearam a estrada em direção ao hospital militar onde vai ficar o grupo

Com receio da propagação do Covid-19, os manifestantes bloquearam a estrada em direção ao hospital militar onde vai ficar o grupo em quarentena durante 14 dias. Centenas de polícias antimotim desmobilizaram os manifestantes ao fim da tarde e desimpediram a estrada.

Escoltado pela polícia, o autocarro que transportava as 70 pessoas, a maioria ucranianos mas todas com máscaras de proteção, chegou depois ao hospital.

O avião que transportava o grupo aterrou ontem no aeroporto internacional de Kharkiv, tendo as pessoas seguido em autocarro para a pequena cidade de Novi Sanjary com destino ao hospital militar.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, condenou os protestos, com o ministro da Administração Interna, Arsen Avakov, a deslocar-se ao local para tentar acalmar os ânimos dos manifestantes.

Nenhum caso de infeção pelo Covid-19 foi detetado até à data na Ucrânia.

Sobe para 2.247 o número de mortos devido ao coronavírus

O novo coronavírus, família de vírus que causa infeções respiratórias como pneumonia, provocou 2.247 mortos e infetou mais de 76.000 pessoas a nível mundial, de acordo com o mais recente balanço.

A maioria dos casos ocorreu na China, onde o Covid-19 foi identificado em dezembro, na província de Hubei, a mais afetada pela epidemia.

As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província de Hubei, no centro do país, para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

Em Portugal, já se registaram 12 casos suspeitos, mas nenhum se confirmou.

Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, há 45 casos confirmados na União Europeia e no Reino Unido.

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