Donald Trump disse não, nem pensar. Depois, não estava preocupado, não tinha sintomas. Depois, não era para fazer, mas eventualmente ia acontecer. E em menos de 24 horas, veio à sala de imprensa da Casa Branca, de boné na cabeça, informar que tinha feito o teste a Covid-19 e que aguardava resultado.
No primeiro dia da América em Estado de Emergência, apenas algumas horas depois da Câmara dos Representantes do Congresso ter aprovado o pacote de medidas que o Presidente dos EUA anunciou para travar a propagação do novo coronavírus.
Apenas em 2 dias, o número de infetados nos Estados Unidos aumentou quase o dobro e de sexta para sábado foram mais de 500 novos casos confirmados e 50 pessoas morreram.
Este sábado, a corrida aos supermercados provocou filas enormes nos parques de estacionamento e à porta de centros comerciais. Algumas cadeias de distribuição admitem que vai haver falhas de abastecimento e já há alguns produtos com venda limitada por cliente. As famílias preparam-se para um isolamento sem precedentes, se bem que muitos estados já tinham decretado encerramento de escolas, estabelecimentos e serviços antes do anúncio da Casa Branca.
Nessa conferência de imprensa, na sexta-feira, Donald Trump voltou a ser questionado sobre o contacto que teve com membros da comitiva de Jair Bolsonaro que vieram a dar positivo nos testes de despistagem de covid19.
O Presidente insistiu que não tinha indicação médica para fazer o teste, mas acabou por admitir que iria fazê-lo em breve, era uma questão de agendar.
No final, cumprimentou com um aperto de mão os responsáveis que o acompanhavam, à exceção de Bruce Greenstein, CEO de uma empresa, que declinou o cumprimento do Presidente, levantando o cotovelo. Trump acusou o toque: "Oh, Ok! Gosto disso, muito bem".