Coronavírus

PAN rejeita "baixar a guarda" e sugere a Rio "suplementos para a memória"

André Silva diz ainda que "queimar etapas" na contenção da pandemia pode provocar "erros fatais".

PAN rejeita "baixar a guarda" e sugere a Rio "suplementos para a memória"
JOSÉ SENA GOULÃO

O porta-voz do PAN, André Silva, rejeitou "baixar a guarda" e advertiu que "queimar etapas" na contenção da pandemia pode provocar "erros fatais", salientando que a "Covid-19 anda aí".

"Hoje, importa alertar que não podemos baixar a guarda no combate à Covid-19, sob pena de daqui a umas semanas corrermos o risco de deitar por terra todos os esforços que fizemos, e de ver o número de casos a subir em flecha. Não podemos desperdiçar em 15 dias o esforço que já fizemos durante um mês", considerou o deputado, defendendo que "faz sentido renovar o estado de emergência".

No debate em plenário, André Silva defendeu que a pressa para retornar à normalidade pode levar a "erros fatais e a fazer surgir mais cedo uma segunda onda de contaminações" e apelou ao "sentido de responsabilidade e discernimento" e à "coragem para continuar a tomar as medidas certas e necessárias a cada momento".

Salientando que "a Covid-19 não está derrotada e anda aí", André Silva insistiu que "agora o tempo é de não facilitar" e considerou que, "nesta fase, a prioridade continua a ser garantir as medidas de prevenção individuais e coletivas".

O líder do PAN pediu que "todos os cidadãos tenham o acesso aos meios de proteção individuais necessários para combater e prevenir a Covid-19, como sejam as máscaras, as luvas, o álcool ou o gel desinfetante", criticando que "não é admissível que em Portugal os cidadãos fiquem desprotegidos devido a preços proibitivos ou a escassez de produtos" e que "neste enquadramento não é possível voltar à normalidade".

Dirigindo-se ao presidente do PSD, que tinha na sua intervenção defendido a baixa do IVA de 23 para 6% nos produtos de proteção individual e em suplementos para reforçar o sistema imunitário, André Silva aconselhou-o a tomar "suplementos para a memória".

"Daqui diz uma coisa e aí sentado vota de forma contrária", criticou.

No que toca à economia e ao regresso à normalidade, o partido diz que percebe e acompanha "com atenção as preocupações e apelos dos diversos setores", mas ressalva que "é muito importante que, nesta fase, não se queimem etapas ou se atue com precipitação".

Assim, o PAN pediu "planos de contingência adequados", uma "rede eficiente para monitorizar a situação epidemiológica", o "reforço de técnicos para constituir um eficaz sistema de vigilância" e "rigorosas medidas de vigilância epidemiológica junto das comunidades educativas" se as escolas abrirem para as aulas do ensino secundário.

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