Coronavírus

Governo britânico vai deixar um cidadão interrogar ministros e cientistas sobre Covid-19

Na conferência de imprensa diária sobre a pandemia.

Governo britânico vai deixar um cidadão interrogar ministros e cientistas sobre Covid-19
NEIL HALL

O Governo britânico vai deixar hoje pela primeira vez um cidadão comum interrogar ministros e cientistas sobre a evolução da pandemia da covid-19 durante a conferência de imprensa diária, transmitida pela televisão, obre a crise.

"Os ministros não vão ver a pergunta antes da conferência de imprensa", anunciou o Governo, que adiantou que a seleção será feita pela empresa de sondagens independente YouGov.
Iniciadas a 16 de março, as conferências de imprensa incluem normalmente um ministro e assessores médicos ou científicos do Governo, que respondem a perguntas de jornalistas após um breve balanço da situação e, frequentemente, o anúncio de novas medidas.

Depois de ter sido decretado o regime de confinamento, a 23 de março, os jornalistas passaram a fazer as perguntas por videoconferência, com a seleção de participantes a alargar-se e a incluir meios de comunicação social regionais para além das televisões, rádios e jornais nacionais.

O primeiro-ministro, Boris Johnson, liderou muitas vezes estas conferências de imprensa antes de contrair o novo coronavírus, o que levou à necessidade de se isolar e, depois, à sua hospitalização a 05 de abril, incluindo três dias em cuidados intensivos.

Boris Johnson recebeu alta a 12 de abril, mas ficou em convalescença durante duas semanas na sua residência de campo fora de Londres, tendo regressado hoje ao trabalho com uma declaração a reiterar a necessidade de manter as medidas de distanciamento social.

O atual primeiro-ministro já tinha iniciado antes desta crise sessões regulares com cidadãos comuns através da rede social Facebook, usando o modelo dos debates semanais na Câmara dos Comuns, quando é questionado pelos deputados britânicos.

De acordo com o balanço de domingo do Ministério da Saúde britânico, o Reino Unido registou 20.732 óbitos durante a pandemia covid-19, e o número total de casos de contágio é agora de 152.840.

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