O uso obrigatório de máscara, distância mínima de dois metros, a higienização das mãos e dos espaços serão normas para museus, palácios e monumentos exigidas a partir da abertura ao público, a 18 de maio, indicou esta sexta-feira fonte oficial.
Contactada pela agência Lusa sobre as normas que deverão vigorar nestes espaços culturais, fonte da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) indicou que está a ser trabalhada uma estratégia para a reabertura destes espaços, encerrados desde 14 de março devido às restrições exigidas para fazer face à pandemia Covid-19.
"Está a ser preparado um manual orientador que será disponibilizado permitindo a adoção das medidas necessárias de acordo com as orientações de saúde", segundo a DGPC.
Concretamente, essas medidas implicam "o uso de máscara obrigatório, e garantir que cada visitante dispõe de uma distância mínima de dois metros lineares para qualquer outra pessoa que não seja sua convivente".
Também será exigido, quando reabrirem, "garantir a higienização das mãos e dos monumentos, palácios e museus" tutelados pela DGPC.
Outras regras da lista elaborada pelas autoridades passam por "minimizar pontos de concentração/foco dos visitantes como equipamentos interativos, preferencialmente desativando equipamentos que necessitem ou convidem à interação".
"A admissão de visitantes é realizada de forma livre ou por conjuntos de pessoas (dependendo da dimensão médias das salas do equipamento)", e "vigilância à entrada das instalações sanitárias por forma a garantir que na respetiva utilização se mantém a lotação máxima" por dois metros quadrados, inclui-se no documento que será seguido por estes espaços culturais.
Questionada pela Lusa sobre os procedimentos em relação aos visitantes que surjam nesse dia sem máscara, a DGPC respondeu que "está que a preparar minuciosamente o manual de procedimentos onde se irá enquadrar esta questão".
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Na sequência da publicação da resolução de Conselho Ministros que estabelece uma estratégia de levantamento de medidas de confinamento no âmbito do combate à pandemia da doença covid-19, a DGPC diz que está "a trabalhar em conjunto quer com os diretores dos museus, monumentos e palácios, quer com as autoridades de saúde fixando normas e recomendações orientadoras a aplicar a todos os espaços para a criação das as condições necessárias para a reabertura", no dia 18 de maio, data em que se assinala o Dia Internacional dos Museus.
Portugal entrou no domingo em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.
Portugal contabiliza 1.105 mortos das 26.715 pessoas confirmadas como infetadas, e há 2.258 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.