Coronavírus

Suécia ultrapassa as 4.000 mortes por Covid-19

Com 31 mortes registadas nas últimas 24 horas, o número total de vítimas mortais subiu para 4.029.

Suécia ultrapassa as 4.000 mortes por Covid-19
Andres Kudacki

A Suécia, que optou por uma estratégia mais suave contra a pandemia da covid-19, preferindo as recomendações às imposições, ultrapassou hoje as 4.000 mortes por esta doença, segundo os últimos dados oficiais.

Com 31 mortes registadas nas últimas 24 horas, o número total de vítimas mortais subiu para 4.029, entre 33.843 infetados, informou a Agência de Saúde Pública da Suécia.

Este organismo destacou, no entanto, a existência de uma curva descendente de infeções, óbitos, internados em cuidados intensivos e doentes em lares de idosos.

"O número de casos em lares foi sendo reduzido de semana para semana, de 400 para 60-70. Isso reflete-se no número de mortos, que caiu de mais de 100, nos piores momentos, para cerca de 30", destacou hoje, em conferência de imprensa, o epidemiologista-chefe daquela agência, Anders Tegnell.

Tegnell, considerado o arquiteto da estratégia sueca, também sublinhou que 36% da capacidade dos cuidados intensivos permanece disponível, embora a atividade esteja muito ativa.

De acordo com a Direção de Assuntos Sociais, também presente na conferência de imprensa, cerca de 11.000 pessoas morreram em casas de repouso suecas, entre janeiro e abril deste ano, mais mil do que no mesmo período de 2019.

Os números de mortalidade da covid-19 na Suécia contrastam com os do resto dos países nórdicos: 39,26 por 100.000 habitantes em comparação com 9,69 na Dinamarca, 5,56 na Finlândia e 4,42 na Noruega, segundo a Universidade norte-americana Johns Hopkins.

Na Suécia, nenhuma creche ou escola foi fechada e bares e restaurantes ainda estão abertos, embora concentrações de mais de 50 pessoas tenham sido proibidas, seguindo as recomendações das autoridades de saúde.

O parlamento sueco aprovou, em meados de abril, uma lei de emergência temporária que permitiria ao Governo fechar portos, aeroportos, estações de comboio, centros comerciais e restaurantes, além de redistribuir materiais e medicamentos. A lei, vigente até junho, não foi ainda implementada.