Coronavírus

Freguesias em situação de calamidade obrigadas ao dever geral de recolhimento

Decisão foi tomada hoje em Conselho de Ministros.

Freguesias em situação de calamidade obrigadas ao dever geral de recolhimento
Armando Franca

O Conselho de Ministros aprovou o diploma com dever de confinamento ao domicílio nas freguesias abrangidas pela situação de calamidade. A fiscalização deverá ser garantida pelas forças de segurança.

Em causa estão todas as freguesias dos concelhos da Amadora e de Odivelas, seis freguesias de Sintra, duas de Loures e a freguesia de Santa Clara, em Lisboa.

Os habitantes deverão sair de casa apenas para o essencial, como trabalhar e comprar bens alimentares ou medicamentos.

Apesar das restrições mais apertadas nos concelhos mais afetados da região de Lisboa, os transportes públicos continuam a circular sobrelotados, o que impossibilita garantir o distanciamento social entre os passageiros.

Reforçar as carreiras, as carruagens e o controlo são algumas das medidas pedidas pelos utilizadores.

Consulte as medidas de mitigação previstas até 12 de julho

Medidas para as freguesias em estado de calamidade:

  • Dever cívico de recolhimento domiciliário
  • Proibidas feiras e mercados de levante
  • Ajuntamentos limitados a 5 pessoas
  • Reforço da vigilância dos confinamentos obrigatórios por equipas conjuntas da Proteção Civil, Segurança Social e Saúde Comunitária
  • Programa Bairros Saudáveis

Generalidade do país passa a situação de alerta em 1 de julho

A generalidade do país vai passar em 1 de julho para a situação de alerta devido à pandemia de covid-19, sendo a exceção a Área Metropolitana de Lisboa, anunciou o primeiro-ministro.

António Costa avançou que a maior parte do país vai passar de situação de calamidade para alerta, enquanto a Área Metropolitana de Lisboa (AML) passa para situação de contingência (nível intermédio) e 19 freguesias da AML mantêm o estado de calamidade.

Para a generalidade do país, que vai passar a situação de alerta às 00:00 de 1 de julho, António Costa sublinhou que "não significa retomar a normalidade pré-Covid".

Costa defende que evolução apresenta quadro de estabilidade

O primeiro-ministro considerou que o processo de desconfinamento em Portugal está a ser possível num quadro de estabilidade, sem aumento significativo de novos casos de covid-19 e sem pressão do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Segundo o primeiro-ministro, a evolução registada "mostra que foi possível" desconfinar sem um aumento significativo de novos casos e sem qualquer pressão de procura em relação ao SNS, mantendo-se estável a taxa de risco de transmissibilidade (Rt).

Portugal com 6 mortes e 311 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas

A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta quinta-feira a existência de 1.549 mortes e 40.415 casos de Covid-19 em Portugal, desde o início da pandemia.

O número de óbitos subiu, de ontem para hoje, de 1.543 para 1.549, mais seis em relação a ontem, enquanto o número de infetados aumentou de 40.104 para 40.415, mais 311, o que corresponde a um aumento de 0,8%.

Há 436 doentes internados, mais sete em relação a ontem. 67 encontram-se em Unidades de Cuidados Intensivos, menos seis face a quarta-feira.

O número de casos recuperados subiu de 26.083 para 26.382, mais 299.

240 DOS 311 NOVOS CASOS EM LISBOA E VALE DO TEJO

Na região de Lisboa e Vale do Tejo, que ultrapassou ontem o Norte em número de casos positivos, a pandemia atingiu os 17.767 infetados, mais 240 do que na quarta-feira.

Esta subida corresponde a 77,1% dos novos contágios, a nível nacional.

Na distribuição dos casos infetados por concelhos, Lisboa é o que regista o maior número de casos (3.277 - mais 39), seguido por Sintra (2.425 - mais 55), Loures (1.720 - mais 13), Vila Nova de Gaia (1.629 - mais 1), Amadora (1.546 - mais 35), Porto (1.414), Matosinhos (1.292), Braga (1.256), e Odivelas (1.039 - mais 22).

São passados assim os dias num dos concelhos mais afetados pela pandemia em Portugal