Coronavírus

Ministra diz que reduzir os números é "um caminho lento", mas que "começam a surgir bons resultados"

Marta Temido confirma que continuam ativos 198 surtos em todo o país, a maior parte na região de Lisboa e Vale do Tejo.

A ministra da Saúde, Marta Temido, intervém na conferência de imprensa diária sobre o novo coronavírus (covid-19), realizada no Ministério da Saúde.
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A ministra da Saúde afirmou esta sexta-feira que começa a haver "bons resultados" no combate à Covid-19 na região de Lisboa e que o rácio de transmissibilidade nacional está em 0,92, com uma "evolução muito favorável".

Na conferência de imprensa de acompanhamento da pandemia, Marta Temido afirmou que continuam ativos 198 surtos em todo o país, a maior parte (127) na região de Lisboa e Vale do Tejo, 40 na região Norte, 13 no Centro, 13 no Algarve e cinco no Alentejo.

A ministra admitiu que reduzir os números é "um caminho lento, moroso, difícil" para o qual é preciso olhar "com prudência", mas salientou que "começam a surgir bons resultados".

Marta Temido indicou que na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde têm surgido a maior parte dos novos casos nas últimas semanas, "a incidência nos últimos sete dias registou uma variação positiva em três concelhos e nos últimos 14 dias mantém uma tendência decrescente em todos os concelhos, registando agora valores entre 90 a 120 novos casos por cem mil habitantes".

No país inteiro, houve uma taxa de incidência nos últimos sete dias de 15,7 novos casos por 100 mil habitantes, o que coloca Portugal "num padrão bastante confortável" em relação a este indicador, "embora haja ainda muito trabalho a fazer", salientou.

De acordo com a avaliação do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge sobre o risco de transmissão ao longo do tempo, "a evolução é muito favorável", situando-se nos 0,92 para os dias de 16 a 20 de julho, com uma confiança de 95 por cento.

A maioria dos casos ativos (68%) continua concentrada em Lisboa e Vale do Tejo, mas "tem vindo a reduzir-se".

Os doentes da região de Lisboa e Vale do Tejo são também a maior parte dos 420 internados: 353, 271 dos quais estão nos hospitais de referência para os concelhos com maior incidência de casos:

Centros hospitalares de Lisboa Norte, Lisboa Centro, Lisboa Oeste, hospital Beatriz Ângelo (Loures), hospital de Cascais e Hospital Fernando Fonseca (Amadora).

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