O presidente da Câmara Municipal de Mora levantou suspeitas de que a origem do surto do novo coronavírus na vila alentejana de Mora advenha de "incumprimento legal".
O número de pessoas infetadas na vila de Mora, no distrito de Évora, subiu esta segunda-feira para 42.
A população adiantou que o surto teve origem num casal que se deslocou até à vila e que sabia ter testado positivo para a Covid-19.
O presidente da Câmara recusou que os cidadãos de Mora tenham relaxado durante o confinamento.
"A população de Mora tem sido, durante estes cinco meses, extremamente responsável", disse Luís Simão, presidente da Câmara Municipal de Mora em declarações à SIC Notícias.
Já o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Mora considera que o surto apareceu por causa do descuido da população da vila alentejana, que deixou de ter os cuidados necessários, desvalorizando sintomas como febres altas.
O secretário regional do Sindicato Independente dos Médicos do Alentejo quer que toda a populaçao de Mora seja testada, de forma a que se controle melhor a propagação da covid-19.
Agora, as ruas têm menos gente do que é habitual e a população admite que foi apanhada de surpresa.
A preocupação aumenta de dia para dia e são poucos os cafés da vila alentejana que estão abertos. Restaurantes, lojas e serviços públicos estão encerrados.
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou esta segunda-feira que ainda é cedo para apurar a origem e as cadeias de transmissão do surto em Mora. Na habitual conferência de imprensa, reconheceu que se trata de um surto complexo.