A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou no boletim diário deste sábado que há mais 55 mortes e 6.602 novos casos de Covid-19 em Portugal.
Nas últimas 24 horas estão mais 25 doentes internados nas Unidades de Cuidados Intensivos, totalizando 413. Em relação aos internamentos em enfermaria estão 2 798 pessoas internadas, menos uma do que na sexta-feira.
A DGS revela que estão ativos 85.444casos de infeção, mais 1.412do que na sexta-feira. Foram dados como recuperadas mais 5.135 pessoas, totalizando 122.517 desde o início da pandemia.
As autoridades de saúde têm agora sob vigilância 91.936 pessoas, mais 1.511 nas últimas 24 horas.
Segundo o boletim, a região Norte regista o maior número de infeções e de mortos nas últimas 24 horas, seguindo-se a região de Lisboa e Vale do Tejo. Os mais recentes dados indicam que 62,9% dos novos casos foram contabilizados na região Norte, onde também se registou mais de metade das vítimas mortais (28) das últimas 24 horas.
Em Lisboa e Vale do Tejo, verificaram-se 1.563 novos casos e 17 mortos. Os restantes dez óbitos aconteceram na região Centro (8), com mais 715 casos, e no Alentejo (2), com mais 52 casos. O Algarve não registou mortes associadas à covid-19 entre os 52 novos casos reportados.
Nas regiões autónomas de Madeira (mais cinco casos) e Açores (mais 18 casos), também não se registaram vítimas mortais nas últimas 24 horas.
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, com o maior número de infeções entre os 20 e os 59 anos.
O novo coronavírus já infetou em Portugal pelo menos 95.632 homens e 115.634 mulheres. Entre as vítimas mortais estão 1.685 homens e 1.620 mulheres. O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.
Ordem dos Médicos pede ao Governo para divulgar dados por concelho
A Ordem dos Médicos pede mais informações sobre a pandemia para tomar medidas mais precisas em cada concelho. Uma delas é, por exemplo, a taxa de incidência a catorze dias dos novos casos por cem mil habitantes em todos os concelhos do país.
Em comunicado, a Ordem dos Médicos, aponta a necessidade de confinamentos seletivos a nível regional durante, no mínimo, duas a três semanas. No entanto, garantem a manuntenção da atividade do comércio de bens essenciais, das creches e das escolas.
A Ordem pede ainda ao Governo que sejam divulgados os dados por concelho e que os portugueses tenham acesso aos números enviados para o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças.
"Temos de restringir os nossos contactos de risco ao nosso agregado familiar"
O especialista em Saúde Pública Tiago Correia afirmou na SIC Notícias que a gestão da pandemia falhou no mês de outubro.
"Está a acontecer a progressão expectável quando perdemos a capacidade de rastrear numa altura em que estamos em contágio comunitário", acrescentou.
Na Edição da Noite, explicou que o recolher obrigatório não vai ter efeito imediato no número de novas infeções. O especialista alertou também para a urgência de parar as cadeias de transmissão do vírus e lembrou a diferença entre "família e agregado familiar".