A ministra da Saúde admite que o pico da pandemia provocada pelo novo coronavírus durante a segunda a vaga, em Portugal, terá sido atingido em novembro, mais concretamente "na semana de 20 de novembro".
Esta sexta-feira, na conferência de imprensa de atualização de informação relativa à covid-19, Marta Temido lamentou o número elevado de mortes do último boletim da Direção-Geral de Saúde que indica que nas últimas 24 horas foram registadas mais 95 mortes associadas à doença.
Ministra da Saúde admite alguma escassez na primeira fase do plano de vacinação contra a covid-19 em Portugal
Marta Temido afirmou hoje que Portugal ainda não sabe quantas doses da vacina contra a covid-19 vai receber inicialmente. A ministra da Saúde admitiu que, numa primeira fase, o desfio vai ser gerir alguma escassez de vacinas.
O primeiro-ministro avançou esta sexta-feira de manhã, em Bruxelas, no final do conselho europeu, que o primeiro dia da vacinação contra a covid-19 em Portugal poderá ser 5 de janeiro.
António Costa defende que a vacinação deve começar ao mesmo tempo em toda a União Europeia.
Portugal pode administrar 50 mil vacinas por dia
O coordenador do Plano Nacional de Vacinação garante que Portugal vai poder vacinar contra a covid-19 50 mil pessoas por dia nos centros de saúde.
Francisco Ramos diz que este número pode ser atingido sem pôr em causa a restante atividade das unidades.
As primeiras vacinas deverão começar a ser administradas no início de janeiro, um ou dois dias após a chegada dos medicamentos a Portugal.
Ministério da Saúde investiga aumento da mortalidade em Portugal
Desde o início do ano, morreram 14.600 pessoas em Portugal, são mais 9 mil mortes em relação a 2019. Os números podem ser explicados pela pandemia, mas também pelo envelhecimento da população. Os dados indicam que há mais de 70 anos que não havia tantas mortes no país. É preciso recuar a 1949 para encontrar um número de óbitos tão alto.
Marta Temido disse que o Ministério da Saúde está a investigar o aumento da mortalidade em Portugal.
"Há quatro períodos em que o comportamento da mortalidade observada é superior àquilo que era a mortalidade esperada. O primeiro momento prende-se com o pico da covid-19, há dois momentos que se prendem com o fenómeno de temperaturas extremas (...) e estamos agora a viver um quarto momento de excesso de mortalidade por todas as causas", concluiu.