Coronavírus

Nova estirpe do SARS-CoV-2 estará a circular no Reino Unido desde setembro

É responsável por 60% das hopitalizações só em Londres.

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Numa altura em que a Europa está a preparar-se para colocar em marcha um exigente plano de vacinação contra a Covid-19, novos dados colocam o continente em alerta. Foi detetada, no Reino Unido, uma variante do coronavírus que, tudo indica, será 70% mais contagiosa.

O Governo britânico decretou o confinamento no Natal precisamente para conter a propagação da doença e várias ligações aéreas com outros países estão já suspensas.

Boris Johnson chamou o gabinete de crise a Downing Street para confirmar depois que, afinal, o Natal será diferente do que estava planeado.

Os especialistas explicaram ao Governo que a nova estirpe do coronavírus estará a circular no Reino Unido desde setembro e que é neste momento responsável por 60% das hopitalizações em Londres.

As autoridades britânicas já alertaram a Organização Mundial da Saúde para a descoberta..

O receio de novos contágios e de um descontrolo da situação já levou os Países Baixos a suspender as ligações aéreas provenientes do Reino Unido.

Opção semelhante será tomada também pela Escócia. A primeira-ministra fez saber que continuará a ser proibida a circulação entre aquele país e o resto do Reino Unido.

Ministro diz que nova estirpe estava "fora do controlo"

O ministro da Saúde britânico afirmou hoje que a nova estirpe do novo coronavírus estava "fora de controlo", para justificar as restrições em Londres e partes da Inglaterra, acrescentando que estas medidas podem durar até à implantação da vacina.

"Infelizmente, a nova estirpe estava fora de controlo. Tivemos de retomar o controlo e a única maneira de fazer isso é restringir os contactos sociais", afirmou, em declarações à Sky News, o ministro de saúde britânico, Matt Hancock.

"Será muito difícil mantê-lo sob controlo até que uma vacina seja implantada", referiu.

"É um grande desafio até lançarmos a vacina para proteger as pessoas. É isso que enfrentaremos nos próximos dois meses", acrescentou Matt Hancock.