A Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) deverá aprovar esta sexta-feira a terceira vacina contra a covid-19. Foi desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca, mas deverá falhar os prazos de entrega definidos por Bruxelas.
A Comissão Europeia pressionou esta segunda-feira a farmacêutica AstraZeneca para entregar "o mais rapidamente possível" as doses contratualizadas com a União Europeia (UE) da vacina contra a covid-19, após a empresa ter admitido problemas na distribuição.
Na conferência de imprensa diária da Comissão Europeia, o porta-voz principal da instituição, Eric Mamer, indicou que a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, "falou esta manhã por telefone com o presidente executivo da AstraZeneca, Pascal Soriot, e deixou claro que espera que a empresa cumpra as condições de distribuição previstas no acordo de aquisição".
Este porta-voz precisou que Ursula von der Leyen "recordou o senhor Soriot que a UE já investiu, antecipadamente, montantes significativos na empresa exatamente para permitir avanços na produção antes da autorização para comercialização da EMA".
"Claro que podem ocorrer contratempos na produção, por ser uma vacina complexa, mas esperamos que a empresa encontre soluções e explora todas as opções para avançar rapidamente", concluiu Eric Mamer.
Desde o final de dezembro está em curso na União Europeia o processo de vacinação com o fármaco da Pfizer/BioNTech e, em meados deste mês, começou também a ser usada a vacina da Moderna.
O processo de vacinação está, contudo, a ser marcado por várias críticas relacionadas com a produção insuficiente para todos os países da UE, o que já levou a atrasos na distribuição.