Depois da Pfizer, também a AstraZeneca avisa que irão ocorrer alterações na distribuição de vacinas contra a covid-19. A farmacêutica aguarda ainda a autorização da Agência Europeia de Medicamentos, mas adianta que as primeiras entregas aos 27 Estados-membros vão conter menos doses do que o previsto.
O anúncio chega uma semana antes da esperada autorização europeia e precisamente um dia depois de os líderes europeus terem recordado às farmacêuticas que os contratos e os prazos de entrega são para cumprir. A justificação apresentada pela farmacêutica prende-se com uma "baixa de rendimento" num local de produção, avisou esta sexta-feira o grupo britânico.
"Se bem que não haja prazo previsto para o início dos envios da nossa vacina, se recebermos a aprovação da Europa, os volumes iniciais serão inferiores às previsões iniciais devido a uma baixa de rendimento em um dos locais de produção da nossa cadeia de aprovisionamento europeia", indicou uma porta-voz da AstraZeneca à AFP.
Inicialmente, a Comissão Europeia tinha reservado até 400 milhões de doses desta vacina. "Vamos fornecer dezenas de milhões de doses em fevereiro e março à União Europeia e vamos continuar a aumentar os volumes de produção", acrescentou a porta-voz. A farmacêutica não revela qual a diferença entre as doses que estavam previstas e as que serão entregues.
Contactada pela SIC, a Comissão Europeia confirma que a empresa comunicou as alterações no calendário de entregas. É mais um percalço depois de, há uma semana, a Pfizer ter também avisado que iram ocorrer atrasos nas entregas.
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